Respirou, divertiu-se e amou

Ela não conseguia voltar, tentava sempre pegar  outras estradas.

Num dia, num daqueles encontros, entre contos e histórias - agulhas, linhas, tecido e bastidor - ouviu do novelo que seu coração cansou de ser o vilão exilador.

Num aperto, a palavra perfurou e cortou a alma, sangrou a raiz daquela história. Dos sistemas que pintava, recordou das cenas que já não confortava.

Confrontou e resolveu seguir o conselho do novelo.

Pegou a estrada e caminhou ao encontro do outro ecossistema. Levou consigo seus amuletos.

As paredes, as raízes, quantas formas de expressar. Cada amuleto foi necessário e utilizado com sabedoria, sentiu, tocou e deixou -se ser tocada.

A terra fresca, ninguém havia sentado ali naquela manhã, um dos seus protetores abriu o portal. Velho guri, fez as guianças e nem sabia ele que incentivava a sua anciã a acolher suas mulheres e cuidar de cada elemento daquele sistema não mais exilado em seu peito.

 

Respirou e divirtiu-se.

Amou.

O que lhe impede de amar?

A Margarida em seu divertir da mente.




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