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Mostrando postagens de março, 2020

Saúde mental em tempos de Corona Vírus

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Como você tem lidado com as últimas notícias sobre o coronavírus? Diante da incerteza gerada por esse tipo de situação de emergência sanitária e de isolamento social, a ansiedade tem tomado conta dos discursos tanto no consultório quanto no meu convívio social. Percebo que nessa situação, existem pessoas conscientes e adaptativas, outras em pânico e extremamente assustadas e algumas em negação da gravidade do problema. Interessante que uma paciente conversando comigo citou que lembrava que na época minha primeira gestação, era o período de surto da zika. E que nessa segunda, estou bem no surto do coronavírus. Me perguntou como estava me sentindo, preocupada comigo. O que ela não sabia é que quando morei em Buenos Aires, tb vivenciei o surto da “gripe suína”, lembra disso? E apesar de no primeiro momento nos preocuparmos muito. Se seguirmos a risca as recomendações e pensamos coletivamente, fica tudo bem. Achei que seria importante falar sobre essa minha experiência na Argen

Flores e espinhos - O início da jornada

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Quem já ouviu falar da “jornada do herói”? Joseph Campbell, na obra O Herói de Mil Faces, analisa diversos contos e mitos e aponta a existência de doze etapas que constituem o percurso pelo qual, necessariamente, um personagem deve trilhar até estar apto a tornar-se um herói. Somos todos heróis. Sim, somos e vivemos estas etapas. Travamos lutas diárias a fim de servir a uma causa nobre. O valor da causa fala diretamente do propósito do herói em construção. Aqui vale desde a luta pela sobrevivência até o envolvimento em causas sociais de maior amplitude. E é na jornada que descobrimos nosso propósito. A primeira etapa de Campbell – “o mundo comum” – revela o entorno do herói: suas relações, seu trabalho, sua família, seus hábitos e vícios, forças e fraquezas. É aqui que reside as principais referências para definição da causa, do objetivo e do propósito da jornada. Há de se Reconhecer nosso lugar de origem, principais motivações, medos, inseguranças. Se você

Comunicação Não-Violenta

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Comunicar-se de forma não violenta pode significar coisas diferentes.  Principalmente considerando perspectivas pessoais e até culturais. Mas a Comunicação Não-Violenta (CNV), de Marshall B. Rosenberg, propõe não somente que consideremos os sentimentos e vulnerabilidades do outro com mais cautela, ela nos ajuda a desenvolver uma conexão pelo coração e pela empatia. E esse processo não é nada estático. É um movimento constante, que questiona seus próprios julgamentos, treinando um olhar mais sensível e atencioso ao que realmente importa nos relacionamentos. Mas falemos de casais. Observar sem julgar, identificar sentimentos, perceber necessidades e aprender a pedir o que você realmente precisa. Esses são os pilares da CNV. Não parecem perfeitos para o cotidiano íntimo e intenso do casal?! Para tanto, é preciso se reconhecer na fala que fere e desconsidera o sentimento do outro, mesmo que a sua dor possa de alguma maneira trazer a sensação de que uma fala mais agressiva é justificável.