Como praticar o amor próprio?


Praticar o amor próprio sem cair no egoísmo ou no narcisismo implica alcançar um equilíbrio entre um trabalho interno no qual podemos apreciar nossa essência e alcançar harmonia com o ambiente, o que não é fácil.

O autoamor vai além da autoestima. Hoje, a autoestima, por exemplo, é um tema recorrente quando falamos de conflitos emocionais ou dificuldades em se relacionar com os outros: tudo parece indicar que devemos nos estimar melhor. Mas isso não é suficiente, pois, além de reconhecer nosso valor pessoal, devemos exercitar o amor próprio, ou seja, o autocuidado.

Há uma máxima que diz: "você ama o que conhece". Portanto, o primeiro passo para o amor próprio é o autoconhecimento. Um início complicado, porque a vida diária da maioria de nós é cheia de informações, mensagens constantes que vêm de fora e podem nos ofuscar, nos fazem perder a noção de quem somos.


O autoconhecimento é a capacidade que nos permite explorar o nosso ser, é a introspecção e a capacidade de nos reconhecermos como indivíduos. Isso nos permite reconhecer o que nos caracteriza e também o que nos vulnerabiliza.

Esse é o resultado de um processo analítico que envolve a maturidade de conhecer nossos aspectos positivos e negativos, mas também envolve reconhecer os mecanismos  de defesa nos quais nossas emoções funcionam e por quê nos utilizamos deles. Um fator que muitas vezes omitimos ao tentar nos conhecer. O autoconhecimento é o passo prévio e fundamental para alcançar a autoestima, o autorespeito e o autocontrole.

A principal consequência positiva do autoconhecimento é a autoestima. Esta é a fé que cada um tem em si mesmo, o valor concedido pelo fato de ser quem somos. É a percepção positiva do próprio valor, habilidades e conquistas, a melhor visão que temos de nós mesmos.

Embora existam situações que reduzem esse valor positivo, mesmo levando a uma visão completamente negativa de si mesmo, que é um fator de relevância na busca do amor próprio ou do autocuidado. Uma autoestima negativa nos torna vulneráveis ​​ao abuso e manipulação por outros, mas também por nós mesmos.

Quando sabemos o que somos capazes de fazer mais ou menos facilmente, quando nos aceitamos com defeitos e virtudes, por natureza, o respeito próprio é dado, e é mais fácil exigirmos o respeito dos outros. Dessa forma, somos capazes de estabelecer limites e impedir que outros nos abusem de qualquer maneira.

Isso, por sua vez, tem como conseqüência que procuramos conhecer os outros (antes de julgá-los ou discriminá-los), valorizá-los pelo que eles são e respeitá-los, assim como queremos que seja feito conosco.

Como praticar o amor próprio?

Quando reconhecemos o valor que temos para nós mesmos, ou seja, quando nossa autoestima é baseada no autoconhecimento e no respeito, dificilmente nos exporemos a situações de risco, como manipulação, chantagem emocional, relações tóxicas e violência psicológica ou física.

A manifestação do amor próprio é nada menos que o autocuidado. É a maneira como reagimos ao que percebemos e valorizamos em relação a nós mesmos.

Se formos merecedores de felicidade, procuraremos tudo que nos brinde e evitaremos o que negamos. O autocuidado, que deriva do amor próprio, é importante para nossa saúde física, mental e emocional.

Quem se ama e se cuida ...

  1. Abrace suas partes imperfeitas
  2. Reconheça seu valor
  3. Pratique autocuidado
  4. Não somos partes, somos um todo
  5. Não se compare com os outros

Assim, aqueles que se amam cuidam de si mesmos e se proporcionam bem-estar, assim como fazem com os outros. 

PositivaMente,
Milena Mendonça

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