Autenticidade: um ato de amor

Como mostro quem sou?
Já pensou sobre a necessidade humana por autenticidade? Pois é, ser você mesmo importa para sua saúde mental. É comum se falar sobre isso, principalmente entre aqueles que estão buscando a felicidade e a realização de seus sonhos. Diversas linhas teóricas da psicologia e da terapia apresentam formas e técnicas para se conhecer e para se permitir ser quem se é. E, então, desenvolver mais autonomia e aumentar as chances de alcançar o que se busca. Na verdade, indo mais a fundo, eu diria que se aprende a entender o que realmente se busca e quais sãos as necessidades que estamos tentando suprir no percorrer desse caminho terapêutico. Estar conectado com sua essência, exercitando a autenticidade pode lhe ajudar e muito com isso. 
O médico, palestrante e terapeuta Canadense Gabor Maté é autor de diversos livros que ressaltam nossas necessidades de apego e da construção de quem somos. Ele é também conhecido por seus estudos sobre vícios, traumas e desenvolvimento humano. Autenticidade é um tema extremamente importante em suas análises. Ele fala de “ser quem se é” como uma necessidade básica do ser humano, intrinsicamente ligada ao se relacionar de maneira saudável e até mesmo a nossa saúde em geral. 
Contudo, quando expressar suas próprias opiniões, vontades e sonhos “criam” conflitos com quem se relaciona, observa-se condições que podem nos levar a reprimir quem somos em prol do relacionamento. Ficamos então entre duas necessidades que nos são importantes: o apego e a autenticidade. Isso pode nos afetar não só emocionalmente e psicologicamente, mas também fisicamente. Conectar-se com o que é comumente conhecido por “gut feeling” na língua inglesa, está ligado a confiar no que se sente para reconhecer possíveis situações de perigo. A tradução seria “sensação que vem da barriga ou dos intestinos”, e essa expressão chama a atenção para percebermos o que certas situações e/ou pessoas nos fazem sentir. E ainda, como lidamos e processamos esses sentimentos irá influenciar diretamente nossa maneira de se relacionar consigo mesmo e com o outro.
Muitas vezes, para manter relacionamentos, deixamos de lado quem somos e vamos deixando de escutar e sentir nosso “gut feeling”. Vamos deixando de nos ouvir e de nos sentir. Deixando de ser quem somos, acabamos por nos colocar em situações que não nos fazem bem, desenvolvendo padrões de relacionamento que se voltam para olhar e cuidar do outro, quase sempre em detrimento do si mesmo. 
E o que se conclui? Que autenticidade é um ato de amor consigo mesmo e, consequentemente, com o outro. Pois ao cuidar de si e ao fazer espaço para se ser e se expressar, você estará emocionalmente disponível pro outro, cultivando uma relação muito mais sadia e feliz... para ambos os lados. Porém, se ao se mostrar você acabar por perder relações no caminho, lembre-se de que não era amor, pelo menos não por quem você realmente é. Tenha orgulho e respeito por você mesmo, e consequente encontrará pessoas que se sentem da mesma forma ao seu lado. 

Com amor,

Renata Brügger.


Comentários

  1. Amei o texto.
    Só achei esquisito o layout aqui do post, como ficou sem espaçamento entre parágrafos, achei que é algo a melhor aqui no blog.

    Mas quanto ao conteúdo, sensacional demais. Beijooooooo

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